- 91 509 0000

- Prevenção
- Mitos e factos
- Recursos para descarregar
- Programas de prevenção primária
Prevenção
A prevenção é o melhor caminho para a proteção de crianças, jovens e adultos vulneráveis.
A prevenção primária ou universal remete para ações que são pensadas para um grupo de pessoas mais alargado e que não apresenta qualquer risco (por exemplo, crianças que frequentam a catequese ou os escuteiros). Pretende-se aumentar conhecimentos sobre a problemática da violência sexual e desenvolver competências que permitam reconhecer uma eventual situação abusiva e saber o que fazer (como reagir e a quem pedir ajuda).
As estratégias preventivas devem envolver, não apenas as crianças, mas também os adultos significativos que com elas interagem nos diversos contextos.
A literatura salienta a importância em recorrer-se a estratégias lúdicas que envolvam a discussão ativa do tema. Alguns temas-chave que devem ser abordados são:
- O corpo e os toques
- Os segredos
- As emoções
- Navegar na Internet em segurança
- Aprender a dizer «sim» e «não»
- Pedir ajuda
- Espetador passivo («bystanders») ou ativo?
- Comunicação assertiva
- Escolhas saudáveis
A prevenção seletiva procura desenvolver ações pensadas para um grupo onde se identifica algum risco (por exemplo, jovens expostos a conteúdos de natureza sexual).
Existem outras estratégias, de cariz remediativo – as intervenções indicadas –, que procuram desenvolver ações com vítimas ou com agressores sexuais (por exemplo, intervenções terapêuticas).
O Grupo VITA pretende:
- Elaborar documentos e materiais de apoio para informar, sensibilizar e prevenir a violência sexual no contexto da Igreja Católica.
- Desenvolver «Programas de Prevenção Primária da Violência Sexual» específicos para o contexto da Igreja Católica.
- Promover a implementação de procedimentos destinados a evitar ou mitigar o risco de violência sexual no contexto da Igreja Católica.
Sobre Vítimas
Mito: A violência sexual acontece esporadicamente.
Factos: Segundo os dados de prevalência conhecidos, uma em cada cinco crianças do sexo feminino e uma em cada sete crianças do sexo masculino sofreram qualquer forma violência sexual até completarem 18 anos de idade. Estes são os dados existentes de acordo com as investigações realizadas em todo o mundo e sabe-se que a violência sexual é subestimada devido às elevadas cifras negras, associadas às dificuldades de revelação potenciadas pelo medo, a culpa e a vergonha. O risco de se acreditar neste mito é desvalorizar uma eventual revelação, considerando que a criança está a fantasiar ou a mentir sobre o sucedido.
Mito: A violência sexual acontece sobretudo às crianças do sexo feminino.
Factos: Embora seja verdade que as vítimas são mais frequentemente do sexo feminino, temos de ter em conta que a revelação por parte das vítimas do sexo masculino é ainda mais difícil, na medida em que sentem maior preconceito e estigmatização. Por outro lado, os estereótipos de que os homens têm maior poder a nível sexual fazem com que os mesmos se sintam mais confusos quando são vítimas. Esta confusão (maior quando o agressor é do sexo masculino) gera, com frequência, receio e angústia relativamente à sua orientação sexual (medo de serem, de poderem vir a ser ou de serem vistos como homossexuais).
Mito: As pessoas que cometem crimes de natureza sexual não têm interesse por crianças ou adultos portadores de deficiência.
Factos: As crianças e adultos portadores de deficiência ou algum problema ao nível do seu desenvolvimento, correm um risco acrescido de serem vítimas de violência sexual, na medida em que são mais vulneráveis. Muitas vezes, não compreendem sequer a situação abusiva de que são vitimas, o que diminui a probabilidade de a reportarem.
Mito: A violência sexual ocorre apenas em em classes sociais mais desfavorecidas e famílias desestruturadas.
Factos: A violência sexual é transversal a todas as classes sociais, culturas e comunidades, pelo que qualquer pessoa pode ser vítima, independentemente do seu sexo, idade, religião, ocupação, orientação sexual, identidade de género ou etnia. O risco de se acreditar que a violência sexual “só acontece aos outros” é ignorar o problema e, dessa forma, deixar as crianças e adultos vulneráveis mais desprotegidos.
Mito: A violência sexual é desculpada pela Bíblia.
Factos: Apesar de a Bíblia poder ser sujeita a múltiplas interpretações, e de o perdão ter uma dimensão relevante na vida espiritual dos crentes, em circunstância alguma os princípios do Cristianismo são consentâneos com o cometimento de crimes, sejam eles de que natureza forem. Assim, não há qualquer interpretação bíblica que sirva de justificação a um ato como a violência sexual, sendo ainda mais grave se for realizado em nome de Deus, o que constitui, também, um abuso espiritual ou de consciência.
Mito: Não se pode falar de violência sexual se a criança ou adulto vulnerável consentiu.
Factos: O facto de a criança ou adulto vulnerável não se opor à violência sexual em diversas circunstâncias não é juridicamente relevante no caso dos menores de 14 anos de idade, ou em caso de especial vulnerabilidade, uma vez que se presume que não podem consentir. Quando as crianças são mais pequenas, têm dificuldade em compreender a situação como sendo abusiva devido à sua imaturidade cognitiva-emocional, decorrente da fase de desenvolvimento em que se encontram. Não conseguem, assim, ter suficiente capacidade de discernimento para compreender a natureza dos factos e eventuais consequências dos mesmos. Por outro lado, a violência é geralmente perpetrada por alguém que lhes é próximo e por quem sentem, com frequência, confiança e respeito, sendo que alguns comportamentos abusivos podem até ser entendidos pela vítima como manifestações positivas de afeto. Nas crianças mais velhas ou adultos vulneráveis, a questão do consentimento também não deve ser considerada, na medida em que a pessoa agressora recorre a determinadas estratégias, como a coerção e a manipulação. A relação entre a pessoa que agride sexualmente e a vítima é uma relação de submissão e, por isso mesmo, assimétrica em termos de poder.
Mito: A violência sexual não causa dano à criança ou adulto vulnerável.
Factos: Com frequência, as pessoas que agridem sexualmente recorrem a estratégias que não envolvem violência física, o que não significa que não exista dano para a criança ou adulto vulnerável, que pode ser psicossomático/físico, cognitivo, emocional e/ou comportamental, com uma expressão a curto, médio ou longo-prazo. O facto de a pessoa agressora ser geralmente alguém em quem a criança ou adulto vulnerável confia e pela qual sente afeto, leva a que o impacto seja maior, sobretudo do ponto de vista psicológico e relacional. O evento pode ainda ser vivenciado como sendo de natureza traumática, mesmo que a situação abusiva não envolva comportamentos de natureza mais intrusiva. Existem também algumas crianças e adultos vulneráveis que não revelam qualquer sintomatologia relacionada com a violência sexual. Esta situação pode relacionar-se com diversos fatores, entre os quais o apoio por parte da família, amigos e profissionais, os seus recursos internos ou as estratégias de resolução de problemas.
Mito: As crianças são seres sexuais que provocam a violência sexual.
Factos: Com alguma frequência, a curiosidade natural das crianças sobre a sexualidade é confundida com o facto de estas terem desejos sexuais e desejarem manter contactos desta natureza com adultos. A sexualidade das crianças é diferente da dos adultos e mais centrada na descoberta do seu corpo, o que é considerado normativo em termos de desenvolvimento infantil. As brincadeiras sexuais entre crianças da mesma idade e nível de desenvolvimento, desde que consensuais e pouco intrusivas, visam a exploração da sexualidade, não havendo lugar à manipulação, ameaça ou coerção. Mesmo que as crianças possam, por vezes, ter alguma expressão emocional ou comportamental mais sexualizada, a responsabilidade pela interpretação deste comportamento e pela violência é sempre do adulto, e nunca da criança.
Mito: Com frequência, as crianças mentem ou fantasiam sobre violência sexual.
Factos: A fantasia na criança começa a dissipar-se por volta dos cinco/seis anos de idade, quando começa a ter maior capacidade de diferenciar a origem dos seus pensamentos (mundo interno/externo). A violência sexual é uma fantasia atípica, até porque a criança teria de ter conhecimentos específicos para que houvesse uma elaboração fantasiosa acerca deste tipo de violência. O mesmo ocorre em relação à mentira, ou seja, a criança teria de ter conhecimentos sobre violência sexual para elaborar uma mentira relacionada com a mesma. As mentiras das crianças pretendem, sobretudo, minimizar as consequências negativas de uma dada situação (para si ou para terceiros) ou para se sentirem gratificadas de alguma forma face aos seus pares (mentiras que visam a compensação afetiva). A violência sexual é, assim, uma mentira atípica que, a existir, estará associada a outras motivações que terão de ser avaliadas em sede própria. Este mito pode levar a que uma revelação não seja valorizada adequadamente por parte de quem a recebe.
Mito: Devemos evitar falar de violência sexual para não assustar as crianças.
Factos: A responsabilidade pela prevenção da violência sexual é dos adultos, com a promoção de uma cultura de cuidado e proteção, que deve ser complementada com programas preventivos de natureza universal. Nestes, devem abordar-se diversos temas (p. ex., o corpo, as emoções, os segredos, como pedir ajuda), recorrendo a estratégias adequadas à idade e nível de desenvolvimento. Se o tema da violência sexual for abordado de uma forma adequada, tendo em conta a idade e maturidade das crianças, estas não se sentem assustadas. Sentem-se, sim, mais seguras e empoderadas. Não falar sobre o tema transmite às crianças a sensação de que se trata de um tema tabu, que não pode ser abordado com os pais ou outras figuras de confiança. Em caso de necessidade, as crianças poderão ter mais dificuldade em pedir ajuda.
Quem são as pessoas que cometem crimes de natureza sexual contra crianças ou adultos vulneráveis?
Mito: As pessoas que cometem crimes de natureza sexual são sempre estranhos.
Factos: Geralmente, as crianças e adultos vulneráveis são abusados por pessoas do seu meio, que conhecem e em quem confiam. Muitas pessoas agressoras são elementos da família ou estabelecem com esta uma relação de confiança e proximidade.
Mito: As pessoas que cometem crimes de natureza sexual têm um perfil típico.
Factos: Não existe um perfil típico que nos permita identificar as pessoas que cometem estes crimes.
Estas pessoas podem ser:
- De ambos os sexos
- De qualquer faixa etária
- De qualquer afinidade populacional ou etnia
- De qualquer religião
- De qualquer estrato socioeconómico
- De qualquer background cultural
Podem ser membros respeitados da comunidade atraídos para locais onde têm um acesso fácil a crianças, como escolas, grupos de jovens ou igrejas. Podem ser pais, mães, tios, primos, avós, vizinhos, professores, líderes religiosos ou treinadores desportivos. Algumas destas pessoas podem manter um relacionamento sexual com pessoas adultas e não ter interesse sexual apenas por crianças.
Mito: As pessoas que cometem crimes de natureza sexual são sempre do sexo masculino.
Factos: A grande maioria das pessoas que cometem crimes de natureza sexual contra crianças e adultos vulneráveis são do sexo masculino. Contudo, as mulheres também praticam violência sexual. A visão tradicional de que as mulheres são inerentemente cuidadoras e protetoras pode resultar numa menor visibilidade dos crimes sexuais que cometem. Assim, embora os estereótipos culturais e os papeis de género nos levem a considerar raros os crimes sexuais cometidos por mulheres, várias investigações, inclusive algumas realizadas em Portugal, demonstram que estas também são potenciais agressoras.
Mito: A violência sexual é apenas cometida por adultos.
Factos: Uma percentagem significativa de crimes sexuais é praticada por adolescentes (12-17 anos de idade). As vítimas podem ser adultas, embora na maioria das vezes sejam crianças ou outros adolescentes (raparigas ou rapazes), ocorrendo estes episódios de abusivos no contexto familiar, escolar, nas relações de amizade ou namoro, através da Internet, entre outros. No caso dos adolescentes, muitos destes crimes são praticados em grupo, ao contrário dos agressores adultos, que tendem a abusar individualmente.
Este tipo de comportamento não deve ser encarado como “um problema de saúde” ou como a “descoberta da sexualidade” – deve ser denunciado às entidades competentes para que quem agride possa ser responsabilizado e ajudado no seu processo de ressocialização.
O processo da violência sexual contra crianças e adultos vulneráveis: como e onde ocorre?
Mito: É fácil reconhecer uma pessoa que comete crimes de natureza sexual contra crianças ou adultos vulneráveis.
Factos: Acredita-se que é possível identificar as pessoas que cometem crimes de natureza sexual pela sua aparência ou comportamento mais bizarro. Contudo, as pessoas que cometem este tipo de crimes podem parecer e agir como qualquer outra pessoa, não sendo fácil reconhecer sinais óbvios. São muito comuns as histórias de crianças que foram abusadas e ninguém percebeu, porque os adultos que as rodeiam conheciam e confiavam na pessoa que cometeu o ato abusivo. Muitas pessoas que cometem estes crimes parecem responsáveis, confiáveis e amigáveis, o que contribui para obterem acesso a potenciais vítimas.
Mito: As pessoas que cometem crimes de violência sexual contra crianças ou adultos vulneráveis são perturbadas e abusam se tiverem oportunidade.
Factos: A maior parte das pessoas que cometem crimes sexuais contra crianças ou adultos vulneráveis escolhem as suas vítimas cuidadosamente, despendendo algum tempo (semanas ou meses) a estabelecer uma relação de confiança antes de iniciarem os comportamentos abusivos. A maioria destas pessoas recorre a estratégias de sedução e engano e raramente utilizam a força ou a violência física.
Mito: A violência sexual contra crianças ocorre mais frequentemente nas escolas ou em parques infantis.
Factos: A maioria das situações abusivas ocorre em contextos privados, de modo a garantir o segredo. É um crime que habitualmente acontece “entre quatro paredes”.
Mito: A maior parte dos crimes sexuais contra crianças ou adultos vulneráveis envolvem força, violência e ameaças.
Factos: A maior parte das pessoas que cometem crimes sexuais contra crianças ou adultos vulneráveis utilizam o chamado processo de “Grooming”, que é um processo lento e gradual de construção crescente de confiança com a vítima e os adultos em seu redor. Este processo envolve várias estratégias que têm o objetivo de se aproximar da vítima e de a coagir a envolver-se no ato abusivo, diminuindo o risco de revelação. O processo de “Grooming” pode também ocorrer no mundo online, e envolve adultos que criam perfis falsos, de forma a obter a amizade e a confiança da criança.
No contexto online podem ocorrer situações de sexting, em que a vítima é incentivada a enviar conteúdos sexualmente explícitos (p. ex., texto, fotografias, vídeos), e/ou a manter conversações de natureza sexual (sex-chatting). Ambas as situações podem levar à extorsão sexual, colocando a vítima numa situação de maior vulnerabilidade, na medida em que é coagida a manter a situação abusiva e o segredo, podendo haver uma escalada para encontros presenciais.
Este processo de aliciamento gradual não se dirige apenas à criança ou adulto vulnerável, mas também, responsáveis aos seus cuidadores, que interagem consigo na sua rotina diária.
Porque é que as pessoas cometem crimes sexuais contra crianças?
Mito: Todas as pessoas que cometem crimes sexuais contra crianças são pedófilas.
Factos: Apesar de ser comum denominar todas as pessoas que cometem crimes sexuais contra crianças por “pedófilos”, isso não é correto. Um pedófilo é uma pessoa que apresenta interesse ou preferência sexual por crianças (rapazes, raparigas ou ambos), frequentemente em idades pré-púberes ou no início da puberdade. A pedofilia é considerada uma perturbação mental quando a pessoa age de acordo com essa preferência sexual ou quando lhe causa mal-estar e dificuldades interpessoais.
Mito: Todas as pessoas com pedofilia agridem sexualmente de crianças.
Factos: Nem todas as pessoas que cometem crimes de natureza sexual contra crianças são pedófilas, e nem todos os pedófilos cometem crimes de natureza sexual. Existem pessoas que, apesar de serem pedófilas, nunca agiram de acordo com as suas preferências sexuais e mantêm-se no plano da fantasia, podendo ainda procurar ajuda psicológica e psiquiátrica para evitarem cometer um crime.
Mito: As pessoas que cometem crimes de natureza sexual foram vítimas de violência sexual na infância.
Factos: Existe a crença generalizada de que as pessoas que cometem crimes de natureza sexual com crianças ou adultos vulneráveis foram também vítimas de violência sexual. Contudo, a investigação demonstra que a maioria das crianças que são vítimas de violência sexual não cometem crimes de natureza sexual quando crescem e se tornam adultas. Embora as pessoas que cometem crimes de natureza sexual com crianças tenham maior probabilidade de terem sofrido múltiplas formas de abuso na infância (p. ex., maltrato físico, negligência, violência doméstica e, nalguns casos, violência sexual), a vitimização sexual na infância não conduz necessariamente a comportamentos sexualmente agressivos na vida adulta.
Mito: As pessoas que cometem crimes de natureza sexual são doentes mentais.
Factos: A presunção de que por detrás de um comportamento sexualmente abusivo existe sempre uma doença psiquiátrica é falsa. Nem todas as pessoas que cometem crimes de natureza sexual apresentam doença psiquiátrica e, mesmo que padeçam de uma perturbação mental, não significa necessariamente que esteja relacionada com o comportamento sexual abusivo. Algumas perturbações psiquiátricas podem estar relacionadas com este comportamento (p. ex., perturbação pedofílica) mas, ainda assim, a pessoa deve ser responsabilizada pelo crime que cometeu.
Mito: As pessoas cometem crimes de natureza sexual porque estão sob o efeito de álcool ou drogas.
Factos: Embora o consumo de álcool ou drogas esteja frequentemente associado a este tipo de criminalidade, não é a sua causa mas, sobretudo, um fator desinibidor, que pode potenciar o risco de ocorrência do crime.
Vale a pena tratar/reabilitar as pessoas que cometem crimes sexuais contra crianças ou adultos vulneráveis?
Mito: As pessoas que cometem crimes sexuais são perigosas e reincidem inevitavelmente no mesmo tipo de crime. O tratamento é apenas uma forma de as desresponsabilizar pelos crimes cometidos.
Factos: A opinião pública parece manter a ideia de que as pessoas que cometem crimes de natureza sexual contra crianças ou adultos vulneráveis são especialmente perigosas e inevitavelmente reincidem no mesmo tipo de crime. Apesar do risco de reincidência ser elevado, este tende a ser minimizado quando existe intervenção psicoterapêutica especializada.
– Manual de Prevenção da Violência Sexual contra Crianças e Adultos Vulneráveis no Contexto da Igreja Católica em Portugal
Este Manual destina-se a todas as pessoas comprometidas com a criação de ambientes seguros
no contexto da Igreja Católica e que desejam apostar na implementação de medidas preventivas. A criação de ambientes seguros exige a sensibilização e a informação de todos aqueles que integram uma dada comunidade, envolvendo religiosos e leigos, trabalhadores e voluntários, crianças, adultos vulneráveis e as suas famílias.
– KIT VITA
O KIT VITA é um recurso complementar ao Manual de Prevenção da Violência Sexual contra Crianças e Adultos Vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal, apresentando um roteiro formativo com uma proposta de ações de capacitação de natureza mais ativa.
Pretende ser um recurso prático que facilite a promoção de boas práticas, podendo ser utilizado por agentes formativos na dinamização de ações de capacitação dirigidas a padres, diáconos, religiosas, agentes pastorais, elementos de IPSS católicas e demais estruturas eclesiásticas, auxiliando na estruturação e uniformização dessas ações sobre a temática da violência sexual no contexto da Igreja Católica em Portugal.
Estas ações de capacitação têm como objetivo aumentar conhecimentos e promover competências para saber identificar, reagir e prevenir situações de violência sexual, providenciando aos participantes a oportunidade de contribuir para uma cultura de maior proteção e cuidado.
– Materiais para divulgação da atuação do Grupo VITA
Estão em fase de conclusão dois programas de prevenção primária ou universal da violência sexual contra crianças no contexto da Igreja Católica em Portugal. Prevê-se a sua apresentação pública no final de 2025.